História dos beija-flores no ES, Brasil: Ícone cheio de cores e flores

Autor: Ademilson Marques de Oliveira




Você sabe por que e como o beija-flor se tornou um ícone do Espírito Santo? Qual é a espécie que simboliza o Espírito Santo? Qual a importância do cientista Augusto Ruschi?
“Dos maiores, 21cm, ao menorzinho, de 9,1 cm, pesando apenas 1,8 g, há de tudo. De todas as cores, e que, ainda por cima, mudam com refração da luz. De todos os bicos, para os mais diferentes misteres: curvos para flores curvas, compridos para flores compridas e curtos para as miúdas”.
Esse é o beija-flor, bichinho que se tornou símbolo do Espírito Santo através do cientista capixaba Augusto Ruschi. O Professor de biologia e especialista em aves José Eduardo Simon disse “Augusto Ruschi foi responsável pela projeção cientifica do Espírito Santo no cenário internacional, com seus inúmeros trabalhos sobre beija-flores e orquídeas. Além disso, ajudou a criar várias reservas biológicas, as quais mantém muitas ameaçadas de extinção”.
O professor Simon afirma ainda que Ruschi é considerado o patrono da ecologia no estado, devido suas inúmeras descobertas no mundo científico. No entanto, uma de suas paixões foram os beija-flores, sua incansável observação na natureza conseguiu desenvolver a técnica da alimentação em garrafinhas e da criação em cativeiro, captar o seu comportamento, revelando toda a biologia e ecologia dessa ave. A espécie que melhor representa o Espírito Santo é o colibri, cujo nome científico é Colibri serrisrostris, muito comum aqui.
Segundo o Comitê Brasileiro de registro Ortonitológicos no Brasil há 82 espécies, e só no Espírito Santo existe mais de 30 espécies de beija-flores. Os beija-flores têm uma importância muito grande para a polinização das orquídeas, bromélias entre outras plantas. Sua grande agilidade de vôo permite que vá de flor em flor muito rapidamente, chegando a velocidade de 60 km/hora.
Apesar de ser bem colorido é quase impossível decifrar suas cores a olho nu, no entanto o fotógrafo Paulo Bonino conseguiu mostrar com perfeição todas as cores através de sua lente. Convidado pelo amigo Augusto Ruschi para fotografar os beija-flores, se tornou conhecido como o fotógrafo dos beija-flores, ganhando medalhas de ouro, prata e bronze e também menções honrosas.
Hoje em dia, existem profissionais como o professor Simon que está empenhado na atualização do conhecimento que Ruschi produziu no passado, procurando saber quais espécies ainda existem nas matas, quais se tornaram raras e quais desapareceram nos tempos de hoje, considerando que restam apenas 7 % da extensão original da mata Atlantica capixaba. Também existem empresas especializadas, como por exemplo a Empresa Faunativa - fauna silvestre brasileira- dirigida pela bióloga Ana Cristina Venturini e o biólogo Pedro Rogério de Paz que procuram pesquisar maneiras de preservar e divulgar animais silvestres, inclusive os beija-flores.

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